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Como é formada a renda dos consumidores? – Móveis de Valor

Estudo elaborado pela Tendências Consultoria e publicado pelo jornal Valor desvenda esse enigma.

Quase a metade da renda da classe D (44.6%) é oriunda do trabalho, 36,5% são aposentadorias da Previdência Social e 17,2% do Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que garante a renda de um salário-mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade. Ou seja, 53,7% da renda vem de programas assistenciais e sociais do governo federal e pouco mais de um terço de vínculo empregatício ou empreendedor individual. O trabalho não cita a classe E.

A renda da classe C é majoritariamente dependente do emprego, 90.3%. É mais que o dobro da classe D. E é justamente devido a essa condição – e de eventuais instabilidades econômicas que possam ameaçar o emprego – que os consumidores ficam inseguros em comprometer parte da sua renda para novas compras. Na dúvida, adiam.

A classe B tem uma massa considerável de consumidores que estão no mercado de trabalho, 84%. A diferença é a renda mensal, bem acima das demais classes, o que lhe confere um certo poder de compra a despeito de crises econômicas. Além disso, 11% da sua renda é formada por investimentos de recursos em capitais financeiros, renda de aluguel e lucros. Já na classe A, a participação de quem trabalha é de 24,8%. A maior parte, 74,5%, vêm de aplicações financeiras.

A Tendência considera classe A domicílios com renda domiciliar superior a R$ 24,8 mil mensais. A classe B seria representada por domicílios com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 24 mil. Na Classe C, a renda domiciliar vai de R$ 3.300 e R$ 8 mil. Já as classes D e E possuem renda mensal de até R$ 3,3 mil. Ambas terão a menor alta da renda domiciliar neste ano devido a dependência em relação a transferências do governo como Previdência Social, BPC e Bolsa Família, cuja massa de renda neste ano deve avançar menos que o rendimento do trabalho.

Considerando a inflação projetada de 3,8% neste ano, a Tendência prevê que a renda disponível (após gastos com itens essenciais como habitação, transportes e alimentação) da classe A vai chegar a R$ 1,4 trilhão em 2024, alta de 6,1% em relação a 2023. A classe B deve dispor de R$ 587,3 bilhões para o consumo de itens não essenciais. A classe C deve ter renda disponível de R$ 366,7 bilhões, alta de 3,7% em relação a 2023. Já as classes D e E podem ter R$ 321,1 bilhões para itens não essenciais, 2,6% a mais do que no ano passado.