Cada vez mais as famílias paulistas estão dependendo do dinheiro dos aposentados. É o que diz uma pesquisa divulgada recentemente pelo IBGE. São diversos os impactos imediatos e também a longo prazo.
Quando pegamos uma casa média no estado de São Paulo para analisar, 76% da renda vem do trabalho (salário ou bicos). 16% vem da aposentadoria. E 3,6% vem de programas sociais. É a renda da aposentadoria que vem ganhando cada vez mais peso e importância na renda domiciliar pelo estado de São Paulo.
No ano de 2012, cerca de 14% da renda de uma casa de São Paulo vinha das aposentadorias ou pensões dos moradores. Em 2018, passou de 15%. E no ano passado, chegou a 16%. Isso reflete o aumento no número de aposentadorias.
Em 2021, o INSS concedeu mais de 142 mil pedidos no estado de São Paulo. No ano seguinte, foram mais de 178 mil. Ou seja, aumento de 25% em apenas um ano.
Economias apontam para um outro lado desses números. Se a aposentadoria vem ganhando cada vez espaço nos lares paulistas, significa que o dinheiro vindo do morador que trabalha e está ativo economicamente vem pesando menos na renda domiciliar.
“A população brasileira está envelhecendo, a gente já passou pelo fim do chamado bônus demográfico. Existe um contingente de pessoas jovens, de 18 a 24 anos, que enfrentam uma maior vulnerabilidade econômica agora. Para o longo prazo, isso é um importante desafio para a economia brasileira, já que as pessoas mais jovens vão ter dificuldade de se reinserir profissionalmente e de se mostrarem tão produtivas quanto o restante da população. Isso tudo gera reflexos no rendimento do trabalho dessas pessoas.”, aponta Lucas Assis, economista da Tendências Consultoria.
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