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Vendas no varejo crescem 0,7% após 3 meses de resultados próximos de zero – Jornal Hoje

As vendas no varejo aumentaram 0,7%, um avanço bem tímido comparado com meses anteriores. A alta veio depois de três meses praticamente sem sair do lugar, com resultados muito próximos de 0%. O IBGE fala em um cenário de estabilidade. No ano, o setor do comércio acumula uma alta de 1,5%. Na comparação com o ano passado, as vendas avançaram 2,4%.

Podemos tomar como exemplo as vendas de materiais para escritório, que, depois de meses de sobe e desce, cresceram 11,7% de junho para julho. De acordo com o IBGE, o dólar e as mudanças na tributação dos produtos importados ajudaram a atividade, que teve a principal influência no resultado do comércio varejista.

Outro setor beneficiado foi o de artigos de uso pessoal e doméstico, em que as vendas avançaram 8,4% após cinco meses sem crescimento. O grupo de supermercados e produtos alimentícios, que representa mais de 45% do peso da pesquisa, registrou leve alta. Já as vendas de roupas e calçados e de móveis e eletrodomésticos caíram.

Nesse cenário de endividamento elevado e juros altos, os consumidores estão priorizando mesmo as compras essenciais, como comida e remédios. Os itens dispensáveis estão ficando fora da lista. Além disso, a crise nas grandes cadeias de varejo também dificulta a retomada do setor, que está 2,2% abaixo do nível recorde da série do IBGE, que foi em outubro de 2020, o boom das compras online.

“Dado o alto endividamento das famílias, os juros bancários ainda em patamares elevados e o maior risco de crédito pela elevação da inadimplência, a gente vê que esses segmentos têm um desempenho mais fraco dado esse desempenho das condições financeiras ainda restritivas para as famílias”, aponta Isabela Tavares, economista e analista da Tendências.

Já no varejo ampliado, que inclui material de construção, atacados e veículos, o desempenho foi negativo, muito por conta do fim do programa federal de descontos para compra de carros. O grupo de veículos e motos caiu 6,2% em julho. A queda no varejo ampliado só não foi pior por causa do bom desempenho das vendas de comida nos atacados, com a alta sendo de quase 10%.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!