Rafael Cortez analisa pautas iniciais do começo do ano no congresso – TV BandNews
- Na Mídia
- 23/02/2024
- Tendências
Em entrevista à BandNews, Rafael Cortez, cientista político e sócio da Tendências, discute o presidente Lula e a busca por apoio no Congresso para avançar com suas políticas econômicas.
Sobre as “saidinhas” que foi derrotada no governo no senado, Cortez diz que o ano começou agitado, agitação essa que fica expressa na questão de vetos. A tendência é do governo ter novas derrotas no futuro se seguir nesse caminho de vetos que estão ocorrendo, tanto na pauta econômica quanto em outras áreas de políticas públicas.
“Quando a gente olha as pesquisas, o tema da segurança pública é um dos temas que mais ‘machucam’ a imagem do governo.”, exemplifica Cortez. “Embora eu ache que a natureza da derrota na questão da segurança pública é que o governo também demorou para entrar em jogo. (…) O governo, quando viu, o tema estava no plenário e teve pouco a fazer no momento da votação.”
Cortez aponta que “têm duas grandes questões relativas ao ambiente político que são importantes e que vão condicionar essas votações. Primeiro é a questão orçamentária. O governo fez um veto na LDO, )…) tem uma proposta alternativa e vamos ver se o Lira aceita essa proposta. Caso contrário, o governo deve perder mais uma vez na questão orçamentária. E o segundo tema é a questão da sucessão da presidência, tanto da Câmara quanto do Senado. Esse é um tema espinhoso.”
“O governo quer tentar influenciar o resultado de quem vai ser o presidente da Câmara e do Senado nos dois anos finais, mas, ao fazer isso, ele acaba mexendo em vespeiros, gerando divisão da base aliada. Esses dois temas vão estar sempre à sombra das votações mais particulares. E, pensando na semana que vai se abrir, é o que fazer com a questão da remuneração. O governo precisa aumentar a arrecadação para fazer a política fiscal, para não precisar mudar a meta de superávit primário. Só que, para isso, ele precisa do apoio do Congresso. Então vai ser um jogo. Se o governo não ganhar, aumentam as chances de mudar a meta de primário, isso afetando perspectivas para taxas de juros e para todo o crescimento econômico. Acho que esse segundo conflito vai ter que ser resolvido pelos incentivos econômicos.”, finaliza Cortez.
Confira a entrevista completa no vídeo abaixo!