Em edição ao vivo do “Fala, Economia!”, da Omie, Juliana Munaro, Repórter e apresentadora do Pequenas Empresas & Grandes Negócios da TV Globo, recebe Felipe Beraldi, Especialista de Indicadores e Estudos Econômicos na Omie, e Denise de Pasqual, Economista e sócia-fundadora e diretora de Relações Institucionais da Tendências, para um bate-papo leve e descomplicado sobre os principais dados do último boletim trimestral do IODE-PMEs e sobre o cenário econômico para as PMEs.
Qual é o cenário econômico atual para quem quer empreender?
O segundo semestre de 2023 deve trazer crescimento ao mercado de PMEs (pequenas e médias empresas). Entretanto, Beraldi ressalta que existem diferenças setoriais bastante significativas entre os grandes setores do mercado. Ele cita como exemplo de desempenho positivo a Indústria e, como negativo, o Comércio, que teve um começo de ano positivo, mas, nas últimas análises, houve uma reversão, tanto no atacado quanto no varejo.
Além disso, ele também cita também o setor de Infraestrutura como um setor em que houve um enfraquecimento grande das PMEs, apesar de que ainda existem pequenas empresas que realizam serviços especializados para construção civil ainda se mantendo no campo positivo.
Beraldi diz que estamos observando o mercado melhorando de forma geral para as perspectivas econômicas, nos últimos meses do primeiro semestre de 2023. Como essa melhora acaba gerando mais renda, deve afetar positivamente o mercado de PMEs nos próximos meses. Ele também cita a queda no juros da Selic como um fator positivo, mesmo que não tenha efeito no curto prazo.
Quais as expectativas do empreendedor para o futuro?
Denise de Pasqual diz que os indicadores do início do ano vieram mais fortes do que a grande maioria dos economistas esperavam, com um desempenho forte do agronegócio contribuindo para esse resultado.
Ela acredita que, para esse segundo semestre, temos números melhores dos que os projetados no começo de 2023, com o início do ciclo de redução da taxa de juros acontecendo no início do segundo semestre de 2023, que deve seguir caindo, de acordo com o planejamento do Banco Central.
Pasqual ainda diz que, apesar da queda de juros não afetar o consumidor de forma rápida, existe o efeito de expectativa de que a economia vai ficar mais estável e melhorar nos próximos meses e anos. Assim, o empreendedor toma para as suas mãos novamente a capacidade de se planejar.
Beraldi complementa dizendo que, depois dos últimos anos serem mais conturbados para a economia do país, com alguns trimestres pela frente que permitirão ao empreendedor poder se planejar com tranquilidade e com algum grau de previsibilidade.
Para 2024, Pasqual prevê que o crescimento seja menor que esse ano, com alguns pontos importantes a serem monitorados, como, por exemplo, o arcabouço fiscal e a mudança de comando do Banco Central, que acontece no fim do ano que vem.
A dica para os empreendedores é: aproveitar o momento de estabilidade para “organizar a casa” e se planejar, além de poder se preparar para eventuais choques futuros, seja com aumento de juros e da inflação ou até mesmo algo inesperado, como uma outra pandemia.
Também é o momento de aproveitar a estabilidade para fidelizar o consumidor, uma vez que essa relativa estabilidade na economia permite tempo para que o empreendedor se planeje com mais calma.
Confira o bate-papo completo no vídeo abaixo!
