Entrevista com Lucas Assis, analista da Tendências Consultoria – Rádio O Povo CBN

Entrevista com Lucas Assis, analista da Tendências Consultoria - Rádio O Povo CBN

Existem diversos investimentos públicos e privados programados para a próxima década. A região Nordeste deve ser a região do país com o maior crescimento econômico no período de 2025 a 2033, segundo projeções da Tendências.

“A gente tem uma estimativa que a região Nordeste de fato apresente um crescimento do PIB acima da média nacional nos próximos anos, especialmente até o fim dessa década. O que justifica esse desempenho econômico acima do Brasil decorre do ganho de tração com investimentos públicos e privados. Os destaques para a região são a exploração de gás natural e petróleo, os efeitos de energia eólica, concessão de aeroportos, a ferrovia de integração Oeste-Leste e todos os seus efeitos econômicos, a ampliação de concessões de distribuidoras de energia elétrica e companhias de saneamento. Os investimentos relevantes do novo PAC, que foram divulgados pelo governo federal, também devem impulsionar a região, com destaque para a retomada das obras da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco.”, aponta Lucas Assis, analista da Tendências Consultoria.

Lucas ainda diz que se destacam para a região, também, nos próximos anos as concessões rodoviárias estaduais e todo o programa de concessão de rodovias, uma iniciativa privada, que também gera diversos efeitos indiretos para a produtividade das economias estaduais.

“O crescimento econômico é intimamente ligado aos indicadores sociais, especialmente relacionados à pobreza. De modo geral, a expectativa de um avanço do PIB gera impactos positivos no mercado de trabalho, com a geração de emprego e renda, beneficiando as famílias da base da pirâmide social. Mas o Brasil é um país com uma alta desigualdade de renda e a mobilidade social deve ser bastante lenta nos próximos anos. O principal problema para isso é a educação brasileira não revertida em produtividade.”, aponta Assis.

Lucas finaliza dizendo que, para os próximos 10 anos, por mais que haja uma expectativa de crescimento econômico, a desigualdade deve permanecer. “Não há uma perspectiva, infelizmente, de que o Brasil como um todo gere empregos de qualidade, bem pagos e seguros. O mercado de trabalho deve permanecer com uma marcante heterogeneidade entre os grupos de população ocupada, então deve persistir uma maior vulnerabilidade entre jovens, mulheres, pessoas de cor preta ou parda, pessoas de menor escolaridade.”.

Confira a entrevista completa no vídeo abaixo!

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