Copom aponta perda de fôlego da inflação como principal fator de corte da taxa básica de juros – Jornal da Globo

Copom aponta perda de fôlego da inflação como principal fator de corte da taxa básica de juros - Jornal da Globo

A Selic caiu 0,5 ponto percentual, chegando a 13,25%. O resultado veio em linha com a corrente mais otimista do mercado financeiro. Essa é a primeira queda do juros em três anos. A decisão não foi unânime, tendo 5 votos para a queda de 0,5 ponto percentual contra 4 para a queda de 0,25. O voto de Roberto Campos Neto foi decisivo para a formação da maioria.

Em comunicado, o Copom “avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazo mais longos, após a decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”.

O colegiado ressaltou, porém, que existe uma expectativa da elevação da inflação e que os núcleos que mostram as tendências dos preços ainda seguem acima da meta. No cenário externo, o Copom avaliou o ambiente como incerto diante do juros ainda em elevação em vários países.

No comunicado, o Copom afirmou que “a conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com ancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária”. Além disso, o comitê também disse ainda que “em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões. O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária”.

O Diretor-Presidente da Tendências e ex-Presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, afirma em entrevista ao Jornal da Globo que avalia o voto de Roberto Campos Neto na definição do corte da Selic, que passou a 13,25%, como uma tentativa de esfriar os ânimos e reduzir a intensidades os ataques ao Banco Central, que vem não só por parte do Presidente da República, mas de vários setores políticos e econômicos.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!

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