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Alessandra Ribeiro comenta sobre os possíveis cenários econômicos para 2024 – CNN Brasil

Em entrevista à CNN, Alessandra Ribeiro, sócia e diretora da Tendências Consultoria, destaca pontos da agenda econômica e do G20.

Quando questionada sobre o que o começo de 2024 nos conta sobre como vai ser o restante do ano, Alessandra diz que iniciamos o ano com boas notícias, principalmente no campo da atividade econômica. Em 2023, a economia se mostrou mais forte do que foi imaginado, então economistas estão fazendo ajustes em suas projeções, como no caso da Tendências, que ajustou a projeção de 1,5% para 1,7%. “Tem um otimismo um pouquinho maior com a atividade econômica.”

“Apesar da inflação mostrar esse movimento ligeiramente para cima, para 3.81%, há algumas boas notícias para inflação, principalmente relacionadas à alimentação. Estamos observando alguns recuos importantes na parte de soja e milho já no atacado, que chegarão no varejo. Inclusive, a parte de alimentação no domicílio pode ficar um pouquinho melhor, inclusive com a notícia de que o El Niño acaba um pouco antes. E, do ponto de vista de arrecadação (…), veio um número forte. É fato que os desafios do lado fiscal ainda continuam na nossa avaliação, mas a gente pode ter uma economia com um crescimento um pouquinho melhor e uma inflação um pouquinho menor do que imaginado no final do ano passado.”, aponta Alessandra.

Ao ser questionada sobre a dinâmica fiscal do governo, Alessandra diz que “é tentar colher os frutos dos que eles conseguiram aprovar, em termos de resultado, e daí ganhar um fôlego para tentar ao máximo empurrar com a barriga uma potencial alteração de meta fiscal, pensando que a meta do Governo Central é uma meta de zero.”

Alessandra comenta que o mercado projeta um déficit primário de 0,8% do PIB, assim como na Tendências. “O mercado é muito cético em relação ao cumprimento dessa meta, mas, a partir do momento que ele começa a ganhar esse fôlego, com dados melhores de arrecadação, uma economia que talvez tenha uma performance um pouco mais forte, o mercado de trabalho ainda resiliente, (…) essas notícias podem ajudar um pouco mais o Haddad nessa questão da arrecadação e, aí, empurrar a questão da meta para frente, pelo menos.”

“Na Tendências, nós somos muito preocupados com a questão fiscal, até porque nós projetamos déficit de 0,8% pro Governo Central neste ano, a dívida pública deve aumentar para 78% do PIB neste ano, então a questão fiscal para nós é a grande luz amarela se a gente não conseguir reverter esse déficit mais rapidamente, porque a dívida é crescente. No nosso cenário, a gente chega a 88% de dívida em 2028.”, aponta Alessandra.

“Têm alguns elementos que estão ajudando na percepção de risco em relação à economia brasileira, por exemplo a nossa situação externa. A gente fechou o ano passado com uma balança comercial de quase US$ 100 bilhões, a gente tem um déficit de transações correntes muito pequeno, a gente tem reservas cambiais internacionais muito grande. Então, do ponto de vista dessa posição externa, o Brasil – entre outros emergentes, quando a gente sempre é comparado – é visto de maneira muito positiva. Além disso, nesse contexto mundial que a gente está observando agora, com esses movimentos de mudança na ordem geopolítica e esse realinhamento de países, o Brasil aparece como um país emergente que tem algumas vantagens, do ponto de vista de não ter questões, conflitos, de ter o potencial alinhamento com potências importantes, como Estados Unidos e China, está próximo do território de influência americano. (…) O mercado também olha para isso”, finaliza Alessandra. 

Confira a entrevista completa no vídeo abaixo!