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A partir de 2025, o Brasil terá uma meta de inflação contínua, em vez da tradicional meta anual – Jornal da Cultura

O governo publicou um decreto que altera o regime de metas de inflação. A meta, que é anual, passará a ser contínua a partir do ano que vem. A mudança foi negociada com o Banco Central, que continuará responsável pela política monetária.

A inflação é um indicador importante sobre a saúde econômica de um país. Uma inflação

baixa garante que o poder aquisitivo das famílias não caia. A previsibilidade também é essencial. Por isso, o Brasil adota desde 1999 o regime de metas. Quem define o objetivo a ser atingido é o Conselho Monetário Nacional, hoje formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O CMN se reúne em junho para estabelecer os percentuais dos 3 anos seguintes. Em 2023, ficou decidido que a meta deste ano seria de 3,25%. Para 2025 e 2026, de 3%. A meta é

anual e tem uma tolerância de um 1,5% para mais ou para menos.

“Ele tem como foco o cumprimento da meta de inflação no ano calendário. Caso ultrapasse os limites estabelecidos pelo intervalo de tolerância, cabe ao Banco Central fazer as justificativas e indicar as medidas necessárias para a volta, vamos dizer assim, da inflação às metas.”, aponta Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências.

 O decreto publicado altera a meta anual e define que ela será representada por variações acumuladas em 12 meses de índice de preços de ampla divulgação, apuradas mês a mês. Ou seja, em junho do ano que vem, por exemplo, o governo vai verificar se a inflação acumulada desde julho de 2024 está perto ou longe do estabelecido.

O novo sistema também prevê que a meta será considerada como descumprida quando o resultado estiver fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos.

“Você não tem mais aquela quebra entre os anos né. ‘Bom, nesse ano, a meta foi cumprida ou não. Agora no final do ano zera tudo e se começa novamente a contagem no ano seguinte’. Agora não tem mais esse fim de período. E o Banco Central, claro, tem que ‘cuidar’ da meta de uma forma contínua.”, diz Campos Neto.

Na última reunião do Conselho Monetário Nacional, ficou confirmado que o alvo da inflação a partir do ano que vem é de 3%; Segundo o ministro Fernando Haddad, a decisão de implementar a meta contínua foi negociada com o Banco Central. A autoridade monetária é a responsável por adotar medidas para cumprir a meta.

Para o ministro, uma vantagem é que o novo sistema desobriga o colegiado a fixar novas metas de inflação com frequência. A mudança só poderá ser feita com pelo menos 3 anos de antecedência.

Reprodução. Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!