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Taxa de desemprego no Brasil é a menor desde 2012: taxa do trimestre de junho a agosto foi de 6,6% – Jornal da Globo

Em uma matéria do Jornal da Globo, o economista Lucas Assis, da Tendências, comenta que a taxa de desemprego no Brasil é a mais baixa desde 2012.

A taxa de desemprego no Brasil caiu no período de 3 meses que vai de junho a agosto, ficando em 6,6%, de acordo com dados do IBGE. É a menor para esse período desde 2012.

Um outro levantamento, este feito regularmente pelo Ministério do Trabalho, mostra o aumento dos empregos com carteira assinada. Em agosto, foram 232.000 novas vagas nesta modalidade, quase 6% mais do que no mesmo mês do ano passado. De janeiro a agosto, a economia brasileira gerou 1.700.000 vagas formais de trabalho. Esse resultado histórico corresponde, na avaliação dos economistas, ao que eles chamam de uma situação de pleno emprego.

Esse pleno emprego, de acordo com os economistas, é quando quem está procurando uma vaga ou um emprego não fica muito tempo sem conseguir uma oportunidade. Isso justamente por todo esse cenário com crescimento do PIB e uma geração de emprego contínua, principalmente no setor formal.

A taxa de desocupação vem caindo por trimestres seguidos no Brasil. Nesse momento, há uma tendência de maior rotatividade no mercado de trabalho e uma busca por vagas com salários mais altos. Com isso, houve também um aumento na renda média dos trabalhadores, que foi 5% maior que no mesmo trimestre do ano passado.

“Esse quadro bastante favorável do mercado de trabalho está associado tanto a fatores conjunturais quanto estruturais. A gente tem aí, de um lado, o aquecimento da atividade econômica em curso, mas outros fatores que acabam impactando com mudanças estruturais também têm sido benéficos. Então, a gente pontua a reforma trabalhista aprovada em 2017, o próprio aumento da escolaridade da força de trabalho e efeitos de novas tecnologias na criação e na intermediação de emprego.”, explica Assis.

Os analistas afirmam que esse cenário de demanda aquecida no mercado de trabalho deve se prolongar por alguns meses, até o ano que vem pelo menos, e com uma tendência de aumento do consumo das famílias, há uma preocupação sobre as pressões que isso pode gerar na inflação, principalmente no setor de serviços. Na última reunião, o Copom subiu a taxa Selic pela primeira vez desde agosto de 2022 para tentar frear a inflação e, na justificativa, inclusive foi citado esse cenário da atividade econômica e mercado de trabalho aquecidos no Brasil.

Economistas também têm uma preocupação com o risco de faltar mão de obra em alguns setores, como da Construção Civil. Esse é outro fator que pode pressionar a inflação.

“A gente tem observado que alguns indicadores de percepção, especialmente do setor da Construção Civil, já sinalizam uma dificuldade na obtenção de mão de obra e isso pode gerar efeitos inflacionários. Então, essa taxa de desemprego em queda é positiva para o trabalhador, mas, por outro lado, ela reforça as preocupações do Banco Central com a pressão inflacionária. É um ciclo vicioso, porque a inflação corrói a renda e pode anular os efeitos positivos dessa evolução do mercado de trabalho.”, aponta Assis.

Além disso, persistem também outros desafios, como a taxa de informalidade, que voltou a subir no trimestre de junho a agosto e chegou a quase 39%, além das desigualdades nos salários por gênero, raça, região e escolaridade.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!