Saiba o que rolou na nossa live sobre o novo relatório “Cenários Regionais e Estaduais de Atividade Econômica”!

Saiba o que rolou na nossa live sobre o novo relatório "Cenários Regionais e Estaduais de Atividade Econômica"!

Considerando a grande diversidade econômica do Brasil, bem como as desigualdades de renda entre regiões e classes sociais, a taxa média de crescimento do PIB brasileiro acaba encobrindo uma grande variação do desempenho regional, o que pode gerar uma visão distorcida da demanda potencial para as empresas.

O relatório Cenários Regionais e Estaduais de Atividade Econômica, fruto da união dos relatórios Cenários Estaduais e Cenários Regionais, chega para proporcionar um melhor entendimento desses diferentes comportamentos. Com análises e projeções confiáveis, ele auxilia negócios que operam em diversas regiões/estados do Brasil ou que tenham suas atividades concentradas em uma única região ou setor específico nos seus processos de planejamento operacional ou estratégico.

Em março, a Tendências Consultoria realizou uma live exclusiva para clientes sobre esse assunto, contando com a presença de Alessandra Ribeiro, sócia e diretora da área de Macroeconomia e Análise Setorial da Tendências, Camila Saito, sócia e consultora da Tendências, e Lucas Assis, consultor da Tendências.

Cenário macro da economia brasileira em 2024

De acordo com Alessandra Ribeiro, a Tendências projeta uma desaceleração do PIB para 1,8% em 2024. Dentre os principais motivos está a expectativa de desaceleração para a economia global. Além disso, espera-se que o PIB agropecuário apresente uma leve queda este ano, após forte crescimento em 2023. Há ainda os efeitos em cadeia desse resultado, especialmente quando pensamos em alguns segmentos de serviços, como transporte e armazenagem.

Por fim, existe a expectativa de menor impulso fiscal. No ano passado, as melhores performances de serviços e mercado de trabalho estiveram ligadas a um maior impulso fiscal, ou seja, mais gastos públicos. Em 2024, isso não deve se manter.

Existem, entretanto, algumas dinâmicas setoriais a serem consideradas, com setores possuindo um desempenho melhor em relação a 2023, como os segmentos mais ligados ao crédito. Estamos em um processo de redução de juros, e isso deverá ser fortalecido pelo Banco Central. A expectativa da Tendências é de uma Selic de 9,5% ao final do ano.

Cenários regional e estadual de atividade econômica

Para 2024, espera-se um desempenho mais fraco da agropecuária, mas tração um pouco maior do PIB industrial, com comportamento mais favorável da indústria de transformação e da construção civil. Já o segmento de serviços deve mostrar desaceleração.

Nesse ano, temos um cenário mais positivo para a região Sul, com a recuperação da indústria de transformação da região. Além disso, também é constatado o impacto positivo da agropecuária, com o Rio Grande do Sul sendo um dos poucos estados que não estão vendo desaceleração do setor. No Paraná, a produtividade da safra de grãos acabou sendo prejudicada pelos impactos do El Niño, com chuvas irregulares durante o ciclo da soja.

Já no Sudeste, espera-se uma retomada da indústria de transformação, com destaque para alimentos, veículos automotores e construção civil, além da indústria extrativa, que deve seguir com desempenhos positivos tanto em petróleo quanto em minério de ferro.

No Norte, a produção industrial deve sustentar um desempenho favorável, com continuidade dos bons desempenhos da indústria extrativa no Pará. A agropecuária apresenta um cenário mais fraco e há ausência de reajuste do Bolsa Família, o que limita um possível desempenho mais positivo para a região.

A recuperação da indústria é o destaque do Nordeste. A agropecuária deve mostrar um desempenho mais fraco, principalmente em soja e milho. A região também é afetada pela ausência no reajuste do Bolsa Família.

Por fim, na região Centro-Oeste, a produção agropecuária deve ter uma queda importante em 2024, principalmente devido aos impactos do El Niño.

O setor de infraestrutura em 2024

O aumento dos investimentos no setor a partir de 2024 está condicionado à preservação de avanços na agenda microeconômica e a uma condução macroeconômica responsável.

Após forte retração dos investimentos em infraestrutura desde 2015, deve haver recuperação dos desembolsos privados nos próximos anos. Entretanto, o cenário é permeado por riscos, como a pouca clareza acerca da postura do novo governo em relação ao uso de bancos públicos, a alta dos juros, a inflação em patamar elevado, o aumento das incertezas globais, entre outros.

Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC)

O anúncio do Novo PAC não altera de forma significativa o cenário de aumento de investimentos.

O programa está calcado na coexistência entre investimentos públicos e privados – haja vista que mais da metade dos aportes previstos será executada pelo setor privado.

Vale ressaltar, inclusive, que parte dos investimentos privados previstos no Novo PAC é oriunda de concessões de investimentos já contratados em leilões que ocorreram em governos anteriores.

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