Juros mais altos devem ter impacto em investimentos e no consumo das famílias, e atividade econômica será mais fraca no segundo semestre

Após quatro anos de surpresas positivas no PIB, economistas esperam um 2025 de desaceleração, com um primeiro semestre mais forte e o segundo mais fraco.

O crescimento deve ser puxado pela demanda doméstica, como em 2024. Mas a demanda externa volta a ser uma influência positiva, tal qual em 2023. Novamente, o motivo é a agropecuária, com mais uma safra recorde após o recuo da produção no ano passado

Na mediana, a projeção do mercado está em 2%. Mas os extremos se distanciam. Levantamento feito pelo Valor mostra o intervalo das previsões entre 1,3% (UBS BB) e 2,8% (Vitor Vidal Consulting).

Motivada pela pressão inflacionária, a taxa de juros elevada e ainda em trajetória de alta, segundo as expectativas, deve comprometer principalmente os investimentos. A alta em 2024 foi de 7,3%, a maior desde os 12,9% de 2021, no retorno após o tombo do primeiro ano da pandemia. O impacto dos juros se dará também no consumo das famílias, que deverão ser impactadas pelo crédito mais caro e estímulos fiscais menores.