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‘O Nó dos Juros’: as causas e os impactos dos juros altos no Brasil – CNN Brasil

Em matéria especial da CNN Brasil, o Diretor-Presidente da Tendências e ex-Presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, e o sócio fundador da Tendências e ex-Ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, comentam sobre a expectativa de juros altos no país.

Quando o assunto é taxa de juros do Brasil, o tema está sempre nas manchetes, principalmente em uma economia que já se acostumou com tantos sobressaltos. 

O juro é o valor que é pago pelo dinheiro ao longo do tempo. Se você toma dinheiro emprestado, é você quem paga. Agora, se você investe o seu dinheiro, é você quem recebe juros. No Brasil, a principal taxa se chama Selic. Ela aumenta ou diminui por uma decisão do Banco Central. Juro alto esfria a economia e a taxa baixa acelera o crescimento.

No Brasil, os juros altos têm sido um problema há décadas. Em quase 30 anos da Selic, a taxa média está em 13,75% ao ano. Hoje, julho de 2024, a taxa está um pouquinho menor, 10,5% ao ano. 

“É natural que ninguém goste de juros altos. Existe uma pressão da sociedade e dos empresários para a redução dos juros. O Banco Central sabe disso, isso é público e a imprensa comenta, as pessoas comentam abertamente, mas isso não altera muito a convicção do Banco Central. Dificilmente alguém vai dizer que gosta de juro alto.”, explica Loyola.

Mas por que o juro é tão alto? Especialistas citam pelo menos três principais razões. A primeira são as contas públicas. O rombo fiscal no Brasil faz com que a Selic do Banco Central não consiga cair mais. Depois, tem a falta de garantias. Os bancos argumentam que é difícil retomar um bem quando há inadimplência, como um carro, por exemplo. Isso é mais risco para o banco, que acaba cobrando mais juros. E a terceira razão são os impostos. A carga tributária é sempre citada como outro motivo dos juros elevados.


“Acho que, no curto prazo, o Brasil vai continuar sendo, infelizmente, um país de alta taxa de juros. Muito dificilmente a gente retorna, nos próximos anos, a uma taxa de juros de Selic de 4,5%, como foi a de 2019.”, diz Nóbrega.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!