Javier Milei prevê estagflação na Argentina após viagem aos Estados Unidos – Jornal da Cultura

Javier Milei prevê estagflação na Argentina após viagem aos Estados Unidos - Jornal da Cultura

O Presidente eleito da Argentina, Javier Milei, definiu o nome do seu Ministro da Economia: será Luis Caputo, ex-ministro da Fazenda do governo Mauricio Macri. E Milei já alertou: a inflação vai, sim, continuar.

Vai piorar antes de melhorar. Esta é a mensagem nas entrelinhas da declaração feita pelo presidente eleito da Argentina. Ao regressar hoje dos Estados Unidos, Javier Milei disse que o país viverá uma estagflação nos próximos meses.

Estagflação acontece quando há inflação elevada, caso da Argentina, e estagnação, quando as taxas de crescimento são baixas ou negativas. É uma recessão com aumento de preços, o pior dos mundos.

A Argentina passou pelo menos 16 dos últimos 48 anos vivendo com esse pesadelo. O primeiro registro de estagflação foi em 1976. A combinação voltou a ser registrada em 1978, 1981 e 1982. Voltou em 2002, esteve presente em 2009, 2012, 2014, 2016 e de 2018 até 2020. A emissão de dinheiro para cobrir o déficit fiscal é uma das principais razões da estagflação.

É exatamente o que acontece hoje na Argentina, com o peso cada vez mais desvalorizado em relação ao dólar.

“É preciso quebrar essa dinâmica fazendo um ajuste fiscal profundo, mas isso não virá sem custos. Ano que vem se apresenta, em termos de cenário econômico, um PIB em queda potencialmente forte e uma inflação ainda elevada, talvez até mais do que temos nesse ano de 2023.”, aponta Silvio Campos Neto.

O desafio está colocado para o futuro Ministro da Economia, Luis Caputo, que foi secretário de finanças e presidente do Banco Central no governo de Mauricio Macri. O futuro ministro terá que refinanciar a dívida de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional. Caputo esteve ontem em Washington, onde participou de reuniões com diretores do FMI.

“É recuperar a credibilidade, a confiança, um grande ajuste fiscal estancando essa sangria do Banco Central emitindo moeda para financiar os gastos, ou seja, uma tarefa bastante dura.”, finaliza Campos Neto.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!

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