Inovação e inclusão financeira: a revolução silenciosa do Banco Central do Brasil
- Macroeconomia e política
- 09/09/2025
- Tendências

No dia 8 de setembro de 2025, durante o evento Finance of Tomorrow, realizado no Rio de Janeiro, foi lançado o estudo econômico da Tendências Consultoria intitulado “Inovação e inclusão financeira: a revolução silenciosa do Banco Central do Brasil”. Ele contou com o patrocínio da Zetta, associação formada por empresas de tecnologia que atuam nos setores financeiro e de meios de pagamento.
O trabalho foi apresentado por nomes de destaque da economia brasileira: Maílson da Nóbrega, sócio fundador da Tendências, Alessandra Ribeiro, sócia e diretora de Macroeconomia e Análise Setorial da Tendências, e Isabela Tavares, economista responsável pelos estudos de mercado financeiro e crédito na Tendências.

A seguir, apresentamos os principais resultados e insights do estudo.
Resultados favoráveis da agenda do Banco Central
As iniciativas implementadas pelo Banco Central nos últimos anos — notadamente o BC+ e o BC# — apresentaram resultados amplamente positivos.
- Pix: tornou-se o sistema de pagamentos instantâneos mais bem-sucedido do mundo, ampliando a inclusão financeira, reduzindo o uso de dinheiro em espécie e impulsionando a economia, com baixo custo de implementação;
- Portabilidade de crédito: contribuiu para a queda dos spreads bancários e das taxas de juros;
- Cadastro Positivo: reduziu assimetrias de informação e diminuiu as taxas de crédito pessoal;
- Sistema de Registro de Recebíveis: aumentou a transparência, gerou economia em juros e estimulou a concorrência.
Open Finance e o papel das fintechs
Outro ponto de destaque do estudo foi o avanço do Open Finance. Mais de 60 milhões de brasileiros já compartilham dados financeiros de forma ativa, transformando o Brasil em referência mundial nesse campo.
Além disso, as fintechs ampliaram a competição e o acesso a serviços financeiros, alcançando regiões antes desbancarizadas e oferecendo soluções antes indisponíveis.
Inclusão financeira e redução de desigualdades
Entre 2018 e 2025, o número de pessoas físicas participantes do sistema financeiro dobrou. Esse movimento foi especialmente importante para as regiões Norte e Nordeste, contribuindo para a redução das desigualdades regionais no acesso ao crédito e a serviços bancários.
Mais competição, mas desafios persistem
Os indicadores de concentração bancária no Brasil apresentaram melhora, sinalizando maior competição no setor. No entanto, persistem desafios relevantes:
- A alta concentração bancária;
- O crédito brasileiro, que está entre os mais caros do mundo.
Esses pontos reforçam a necessidade de continuidade e aprofundamento da agenda do Banco Central.
Custo-benefício positivo e visão de futuro
O estudo conclui que a agenda silenciosa do Banco Central apresenta um excelente custo-benefício e é fundamental para a evolução do sistema financeiro brasileiro. O aprofundamento dessas iniciativas poderá ampliar ainda mais a inovação, a inclusão e a democratização do crédito no país.
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