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FMI eleva projeção de crescimento do Brasil para 2,3% em 2025 – Jornal da Cultura

Em entrevista ao Jornal da Cultura, Alessandra Ribeiro, sócia e diretora da Tendências Consultoria, comenta sobre a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), que elevou a estimativa de crescimento do PIB do Brasil para 2,3% em 2025.

De acordo com o FMI, a economia brasileira surpreendeu nos últimos 3 anos com um crescimento forte. Agora, a projeção é de crescimento moderado. Se, em 2024, a alta foi de 3,4%, a estimativa do FMI para este ano é de 2,3%. Em abril, era de 2%. O relatório justifica que a alta mais modesta se deve a condições monetárias e financeiras restritivas, à redução do apoio fiscal e ao aumento da incerteza política global.

No médio prazo, a previsão é que o crescimento se recupere e alcance 2,5%, graças à normalização da política monetária e a fatores estruturais de apoio, como a reforma tributária.

“Estamos observando que é realmente uma atividade econômica bastante resiliente aqui no Brasil, né? Os dados do primeiro trimestre mostraram isso, ainda que um pouquinho abaixo do esperado, mas um ritmo muito expressivo de crescimento e acelerando em relação ao final do ano passado. E, mesmo pra frente, olhando um pouco a dinâmica, nós esperamos que, obviamente, a economia vá ter uma desaceleração a partir já do segundo trimestre e, especialmente, na segunda parte do ano. Mas ainda assim, pelas nossas contas, é uma economia que vai crescer aí na casa de 2,3%.”, explica Alessandra.

Já com a inflação, o FMI é menos otimista. A previsão é que a taxa termine em 5,2% este ano, e a meta de 3% só deve ser alcançada em 2027. Os analistas elogiaram a atuação do Banco Central, mas veem espaço para mais medidas de ajuste fiscal por parte do governo.

Para o fundo, a mudança do Banco Central para um ciclo de aperto monetário foi apropriada e coerente com o esforço de trazer a inflação e as expectativas de inflação de volta à meta de 3%. Para posicionar a dívida pública em uma trajetória firmemente descendente, criar espaço para investimentos prioritários e facilitar uma trajetória mais baixa de juros, o corpo técnico recomenda um esforço fiscal sustentado e mais ambicioso, apoiado por um arcabouço fiscal reforçado, mobilização de receitas e medidas do lado da despesa.

Em um evento em São Paulo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu a atuação da autoridade econômica e indicou que a tendência de juros altos não tem prazo para terminar.

Assista a reportagem completa no vídeo abaixo!