Estudos projetam menor crescimento de crédito em 2025 – GloboNews
- Na Mídia
- 01/02/2025
- Tendências
Em entrevista à GloboNews, Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria, discute os estudos que projetam um menor crescimento do crédito em 2025. A economista destaca que, diante desse cenário, o crédito tende a se tornar mais caro, e os bancos devem adotar uma postura mais seletiva nas concessões de empréstimos.
As federações de indústrias também estão do mesmo lado das entidades sindicais, defendendo, portanto, uma redução nos juros. A Confederação Nacional da Indústria falou que o resultado do encontro do Copom é injustificável.
Já as duas federações estaduais que se manifestaram, a Firjan, do Rio de Janeiro, e a FIEMG, de Minas Gerais, foram contra também esse aumento. A Firjan disse que é indispensável uma reforma fiscal crível e estruturada, que alivie o comprometimento com despesas obrigatórias. O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, afirmou que eles estão no aguardo de medidas por parte do governo que possam reduzir o gasto público e, com isso, parar todo esse ciclo de aumento de juros.
No mercado, já há uma leitura de que a Selic não chega aos 15% no fim do ano, mas ficaria um pouco perto disso, mas para baixo. Isso porque havia uma expectativa de que esse comunicado da virada do ano fosse um pouco mais duro, o que não aconteceu.
Fato é o seguinte: sobe a taxa de juros, diminui a atividade econômica. O crédito fica mais caro e o empresário fica mais temeroso na hora de investir, porque o dinheiro custa mais caro.
A Tendências Consultoria Econômica fez um estudo sobre o que poderia acontecer com o mercado de crédito no país, na concessão dos empréstimos em todo o Brasil e a projeção é a seguinte:
Em 2024, os resultados do Banco Central mostram que o mercado de crédito, com concessão de crédito no país geral em todas as modalidades, foi de 10,5%. Em 2025, com alta de juros num cenário de Selic praticamente o ano todo a 14,75%, só começando a reduzir lá em dezembro, já haveria um freio bastante significativo, e o crédito avançaria só 0,8%.
Separando por segmento, temos empréstimos para pessoas e para empresas: olhando 2024 e 2025, eles projetam que os empréstimos para pessoas físicas avançariam só 0,6% e, para pessoas jurídicas, só 1%. Lembrando que a gente teve um ano de 2024 muito melhor no cenário de crédito em todo o país.
De acordo com Alessandra Ribeiro, economista responsável por essa projeção na Tendências, “o crédito deve ficar mais caro para o tomador final e, mesmo os bancos, devem ser um pouco mais ativos nessa oferta do crédito, porque a economia está num processo de desaceleração, ou seja, de perda de dinamismo.”
“Obviamente, para quem está necessitando do crédito, é uma má notícia, porque o crédito fica mais caro e mais difícil de ser obtido. E o risco sempre é que, ao não conseguirem acesso a uma linha de melhor qualidade, os consumidores acabem recorrendo a linhas de pior qualidade e de urgência, como crédito especial, cheque especial ou cartão de crédito rotativo.”, explica Alessandra.
Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!