Centro-Oeste se destaca e atrai novas empresas e investimento – Estadão
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- 03/02/2025
- Tendências
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Entre 2015 e 2024, número de companhias na região saltou de 1,544 milhão para 2,019 milhões, o que representa uma alta de quase 31%
O bom desempenho econômico do Centro-Oeste nos últimos anos tem levado a um crescimento no número de empresas que atuam na região. Entre 2015 e 2024, elas saltaram de 1,544 milhão para 2,019 milhões, o que representa uma alta de quase 31%, segundo um levantamento do IPC Maps.
“Se isolar o setor do agronegócio, o total de empresas subiu de 17,7 mil para 36,2 mil no período. É um crescimento de 105%. São alguns indicadores que mostram o crescimento real da região”, diz Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing.
O agronegócio tem sido o carro-chefe do Centro-Oeste e vai ajudar a região a ser a única do País a acelerar o crescimento econômico neste ano. A estimativa da consultoria Tendências é de que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e do Distrito Federal avance 2,8%. Se confirmado, o resultado será melhor do que o observado em 2024, quando o crescimento foi estimado em 2%.
Além do agro, a região tem se destacado em setores industriais, como de alimentos, biocombustíveis e celulose. Juntos, respondem por 72% da indústria local. “E eles vêm mostrando um desempenho positivo”, afirma Camila Saito, economista e sócia da consultoria Tendências. Em 2024, o PIB da indústria do Centro-Oeste deve ter crescido 3,6% – um número parecido com o desempenho do Brasil (3,5%).
No ano passado, a Suzano começou a operar uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo (MS). O investimento foi de R$ 22 bilhões. Outras gigantes do setor de celulose anunciaram planos para o Centro-Oeste. A chilena Arauco vai construir uma fábrica no município de Inocência, noroeste de Mato Grosso do Sul. O investimento é estimado em US$ 4,6 bilhões. A Bracell também já solicitou estudos ambientais para uma nova operação no Estado.
Também em 2024, a Votorantim Cimentos anunciou a ampliação de uma fábrica em Edealina, Goiás. O investimento de R$ 200 milhões vai ampliar a capacidade da unidade para 2 milhões de toneladas por ano. As obras devem ser concluídas até o final de 2025.
“Estamos satisfeitos com esse crescimento do Estado”, afirma Álvaro Lorenz, diretor global de sustentabilidade, relações institucionais, desenvolvimento de produto e engenharia da Votorantim Cimentos. “O investimento deve gerar por volta de 200 a 250 empregos diretos e indiretos”, diz. Boa parte desses postos de trabalho criados deve ser atrelada à obra, acrescenta o executivo. Na fábrica de Edealina, trabalham 600 pessoas.
O anúncio da Votorantim Cimentos, em Goiás, faz parte de um conjunto maior de investimentos anunciados pela empresa no Brasil. Ao todo, serão R$ 5 bilhões entre 2024 e 2028. Desse montante, R$ 1,7 bilhão já está em andamento.
“Diante do crescimento do Estado e de toda a região Centro-Oeste, temos visto um aumento da demanda pelo consumo de cimento”, afirma Lorenz. “E, por mais que tenhamos outras unidades na região, estamos melhor posicionados com a fábrica de Edealina, que tem uma localização geográfica muito favorecida.”
A Caoa é outra companhia que decidiu ampliar os investimentos na região. No fim de 2023, anunciou R$ 3 bilhões para a fábrica de Anápolis, Goiás, inaugurada em 2007.
“Paralelamente à expansão, a Caoa Montadora triplicou a quantidade de colaboradores locais, em pouco mais de um ano, passando de 2 mil para 6 mil funcionários, trabalhando em três turnos”, diz Annuar Ali, vice-presidente da companhia.
De acordo com a companhia, nove em cada dez trabalhadores da fábrica de Anápolis são moradores da região. “Estamos muito felizes e seguimos muito otimistas com todas as oportunidades que o Centro-Oeste nos proporcionou até hoje e que, com certeza, seguirá nos ofertando”, afirma Ali.
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