Em entrevista ao Bom Dia Brasil da Globo, Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria, fala sobre as altas taxas de juros no Brasil e seus impactos para brasileiros, empresas e governo.

O Brasil ocupa a quarta posição no ranking dos países com maiores juros nominais no mundo, ficando atrás apenas da Turquia, Argentina e Rússia. É um impacto que chega para todo mundo: para o bolso de todos nós, para as empresas e para o próprio governo, que tem que pagar juros para financiar sua dívida. 

Este novo aumento da taxa de juros e a sinalização de tendência de alta se dá já sob gestão de Gabriel Galípolo à frente da presidência do Banco Central e indicação do governo Lula.

O comando do BC se vale da variação da taxa básica de juros para tentar controlar a inflação em alta e também evitar mais riscos para a economia brasileira, como a explosão da dívida pública. O comunicado do Banco Central deixou claro que os juros vão dar um salto até março e que, depois, tudo vai depender do comportamento dos preços.

Com o aumento dos juros, muitos consumidores deixam de ter acesso a linhas melhores e acabam recorrendo a alternativas mais caras.

“Eles acabam indo para linhas de pior qualidade, mas de urgência, como crédito especial, cheque especial ou cartão de crédito rotativo, que são linhas de crédito muito mais caras e são acionadas em emergências e, obviamente, impactam negativamente a situação financeira das famílias.”, explica Alessandra Ribeiro.

Essa foi a primeira reunião do Copom chefiada por Galípolo. A maioria dos diretores presentes na reunião foi indicada pelo presidente Lula. Essa é a quarta alta consecutiva da taxa Selic e o comitê voltou a sinalizar que pode fazer um novo aumento na próxima reunião, que será em março.

O Copom afirmou que a decisão de aumentar em um ponto percentual a taxa básica de juros veio com a avaliação de que o cenário externo permanece desafiador, principalmente devido à conjuntura e à política econômica nos Estados Unidos.

O comitê também afirmou que segue acompanhando com atenção os desenvolvimentos da política fiscal e que, aqui, o cenário é marcado pela elevação das projeções de inflação e pressões no mercado de trabalho.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!