BC vende mais US$ 7 bilhões em intervenções para segurar o dólar – Jornal da Cultura
- Na Mídia
- 27/12/2024
- Tendências
Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria, concedeu uma entrevista à TV Cultura, na qual comentou sobre a ação do Banco Central do Brasil, que realizou três leilões de dólares nesta sexta-feira, vendendo US$ 7 bilhões para conter a valorização da moeda americana e estabilizar o mercado cambial. A intervenção da instituição no mês já é a maior da história.
O Banco Central realizou um leilão à vista de US$ 3 bilhões, com entrega direta do dinheiro ao mercado. Na sequência, a moeda americana caiu para praticamente a menor cotação do dia. Em seguida, o BC fez um leilão de linha de US$ 2 bilhões, com compromisso de recompra.
Depois de duas tentativas frustradas por problemas técnicos, houve um segundo leilão no mesmo valor e na mesma modalidade. O total foi de US$ 7 bilhões de dólares. No mês, são quase US$ 28 bilhões, a maior intervenção mensal da história. Até então, o recorde era de março de 2020, no limiar da pandemia da Covid-19.
O dólar comercial terminou a semana turbulenta com a segunda queda seguida, mas ainda acima dos R$ 6. No café com jornalistas , o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que é preciso corrigir o que chamou de escorregada do dólar, mas descartou uma meta de cotação.
Um estudo divulgado pela Instituição Fiscal Independente do Senado mostra que a dívida bruta do governo fecha 2024 em quase 80% do PIB (Produto Interno Bruto), ultrapassa essa marca no ano que vem e segue em alta até atingir mais de 100% em 2030.
Alessandra explica que essa trajetória pressiona para cima o dólar, a inflação e os juros. “O crédito fica mais caro para as pessoas físicas e jurídicas. Então, isso limita consumo, limita investimento. E o que acontece? A economia cresce menos. Economia crescendo menos gera menos emprego, menos renda e bate diretamente nas famílias, seja pelo canal da inflação, seja pelo canal do emprego e renda.”
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