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BC e FED definem juros nesta quarta; cenário não é propício para corte – Jornal da Cultura

Em entrevista ao Jornal da Cultura, Alessandra Ribeiro, sócia e diretora de Macroeconomia e Análise Setorial da Tendências, explica a importância do posicionamento pelos bancos centrais brasileiro e norte-americano no atual contexto econômico.

No mesmo dia, os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos decidem se mantêm ou não a taxa de juros no atual patamar. A previsão dos economistas é que não haja surpresas.

A expectativa de analistas e investidores é a manutenção dos juros no atual patamar no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o COPOM deixou claro na ata da última reunião que a política monetária deve se manter restritiva.

“A gente está em um momento delicado, vivendo pressões importantes em algumas variáveis que afetam a inflação futura. Então, o posicionamento do Banco Central agora será fundamental, inclusive para conter a deterioração dessas variáveis que afetam a inflação.”, explica Alessandra.

Ao decidir manter a Selic em 10,5% em junho, o Comitê de Política Monetária interrompeu uma série de cortes da taxa. O governo Lula começou com juros em 13,75%. Em agosto do ano passado, houve o primeiro corte e depois foram mais seis: em setembro, novembro e dezembro do ano passado e janeiro, março e maio deste ano.

Nos Estados Unidos, o Fed deve manter a taxa entre 5,25% e 5,5% ao ano, um caminho que vem sendo seguido desde o segundo semestre do ano passado.

Alessandra ainda disse que “a gente começou o ano com os mercados muito empolgados com a possibilidade de corte de juros nos Estados Unidos já lá em março. E o que a gente viu foi uma mudança importante de avaliação ao longo deste ano. Então, o próprio banco central americano foi mudando o tom e falou: olha, precisamos andar com muita calma nesse processo para garantir que a inflação de fato convirja para a meta”.

Para os economistas, neste momento, mais importante que a decisão é o tom que os bancos centrais vão adotar no comunicado sobre os juros nesta quarta-feira. A manifestação serve como um indicativo do rumo que a taxa deve ter nos próximos meses, às vésperas da troca de comando do BC no Brasil e da eleição presidencial nos Estados Unidos.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!