Banco Central dos EUA anuncia decisão sobre juros e mantém taxa básica inalterada – Record News
- Na Mídia
- 09/05/2025
- Tendências

Em entrevista à Record News, Maílson da Nóbrega, sócio e economista da Tendências Consultoria, comenta a decisão do Banco Central dos Estados Unidos de manter inalterada a taxa básica de juros.
Na chamada “super quarta”, a expectativa do mercado era pelas definições aqui e nos Estados Unidos. O primeiro anúncio foi do Fed, o Banco Central americano, que manteve a taxa de juros no mesmo intervalo. Segundo o presidente da instituição, a medida foi para manter os empregos e a estabilidade dos preços nos Estados Unidos.
Aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou o que já havia sinalizado. A taxa básica de juro subiu de 14,25% para 14,75% ao ano, sendo a sexta alta seguida. A taxa não chegava a um nível tão elevado desde agosto de 2006.
“A economia ainda está muito aquecida, havendo aumento de salários reais. Isso implica aumento da demanda, que pressiona preço. E, em segundo lugar, as expectativas são de uma inflação mais alta do que aquela permitida pelo sistema da política monetária.”, explica Maílson da Nóbrega.
No comunicado, o Copom disse que a conjuntura econômica dos Estados Unidos e a inflação no cenário interno influenciaram a decisão. Analistas avaliam até onde a taxa Selic pode chegar.
O ex-diretor do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, acredita que os juros devem ter ainda mais uma alta. “Muito provavelmente, a taxa de juros fique nesse patamar ao redor de 15% até o final do ano. E, no final do ano, deve começar um processo de queda bastante gradual.”
Para Maílson da Nóbrega, o Banco Central também deve levar em conta as decisões tomadas por Donald Trump nos Estados Unidos, “porque a incerteza é muito grande. É sempre bom lembrar isso. Suponha que o presidente Trump enterre tarifas. Isso gera uma mudança na expectativa do mundo inteiro, inclusive no Brasil.”.
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