Alta do dólar pode afetar o Brasil – Jornal da Cultura

Alta do dólar pode afetar o Brasil - Jornal da Cultura

Ao contrário do que muitos analistas econômicos previam, o dólar está cada vez mais forte. A valorização da moeda americana preocupa as maiores economias do mundo e pode ter reflexos negativos aqui no Brasil.

Taxa de desemprego perto do menor nível registrado em 50 anos. Inflação diminuindo e salários aumentando mais rápido que os preços. Consumo das famílias em alta. Em um cenário que era de expectativa de recessão, a economia dos Estados Unidos vai muito bem, o que tem feito o Banco Central do país manter taxas de juros elevadas. Com o reflexo, a moeda norte-americana também tem bom desempenho.

O índice DXY, indicador que mede o desempenho do dólar em relação a outras seis moedas desenvolvidas, subiu de 100,52 pontos em julho para 104,57 em setembro, chegando perto do maior índice do ano e sem previsão de queda, segundo analistas americanos.

Isso gerou uma reação de autoridades monetárias ao redor do planeta para tentar controlar a força do dólar, principalmente Japão e China, que são os maiores credores estrangeiros dos Estados Unidos. A participação dos dois no tesouro americano caiu para o mínimo histórico. É um movimento usado pelos Bancos Centrais para priorizar as moedas locais e evitar a desvalorização delas.

A China tem, ainda, outro interesse em manter a força do yuan. O gigante asiático tem investido para expandir o uso da moeda no mercado internacional, inclusive com o apoio do Brasil e do BRICS, bloco que conta, ainda, com Rússia, Índia, África do Sul e seis novos integrantes, como a Arábia Saudita.

Por aqui, o real tem se comportado de forma estável em relação ao dólar, mas a moeda estrangeira muito forte pode ser um sinal ruim.

“Acaba encarecendo o custo de bens importados, de insumos. É um fator inflacionário para nós também. Então, de certa forma, esse quadro recente de uma força, de uma retomada de valorização do dólar é algo que preocupa, naturalmente.”, aponta Sílvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!

Compartilhe essa postagem:

Como podemos te ajudar? Entre em contato conosco por telefone ou envie um e-mail.