Em entrevista ao Jornal da Band, Lucas Assis, economista da Tendências Consultoria, afirma que a maioria das famílias no Brasil possui atualmente uma renda considerada de classe média ou superior.

A maioria das famílias no Brasil tem hoje renda considerada de classe média ou acima desse valor, de R$ 3.400 por mês. A melhora no emprego é um dos fatores responsáveis por isso.

Essa ascensão atingiu muitos brasileiros no último ano. De acordo com uma pesquisa, 50,1% das famílias tiveram renda média mensal superior a R$ 3.400, valor mínimo para ser considerado parte da classe C. A última vez em que as classes A, B e C foram maioria, superando as classes D e E, foi em 2015.

Hoje, 4,3% das famílias estão no topo da pirâmide, com renda mensal superior a R$ 25.000. Já 14,8% são consideradas classe B, com renda entre R$ 8.000 e R$ 25.000. A classe C representa 31%, com renda entre R$ 3.400 e R$ 8.000. As classes D e E, consideradas pobres ou vulneráveis, somaram 49,9%.

A mudança é reflexo principalmente da queda no desemprego. O último índice de novembro foi de 6,4%, o menor já registrado. A maior parte da renda das classes C e B vem do trabalho. Em 2023 e 2024, o salário mínimo teve valorização acima da inflação.

“Para o curto prazo, os domicílios das classes D e E ainda devem apresentar um incremento de renda, migrando para a classe C, mas com um ritmo menor em comparação ao que vimos no último ano. Isso se deve, principalmente, à própria desaceleração do mercado de trabalho.”, explica Lucas Assis.

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