A expectativa de um período tranquilo por causa do feriadão de Corpus Christi não se reflete na economia brasileira – Jornal da Cultura

A expectativa de um período tranquilo por causa do feriadão de Corpus Christi não se reflete na economia brasileira - Jornal da Cultura

Apesar do feriadão, a expectativa não é de uma semana tranquila na economia. O mercado projeta aumento da inflação. E, em meio a um cenário que não é de otimismo, o governo ainda tem que lidar com uma pauta polêmica no Congresso: a taxação dos importados.

O relator do projeto de lei que retira a isenção das compras de até US$ 50 esperava que a votação ocorresse hoje na Câmara dos Deputados, mas o presidente da casa, Arthur Lira, não colocou a proposta em pauta.

A medida, apoiada pela indústria e pelo comércio, que alega concorrência desleal dos importados, é impopular e só deve ser votada após uma reunião dos líderes da Câmara.

O que também não tem data definida é a publicação da Medida Provisória com as compensações fiscais para as desonerações da folha de pagamento de 17 setores da economia e da contribuição previdenciária dos municípios. O impacto fiscal de mais de R$26 bi apenas em 2024 precisa ser reposto em outra frente da economia.


Fernando Haddad disse que as medidas estão sendo decididas, mas a publicação deve ficar para semana que vem por causa do feriado de Corpus Christi.

Além dessas medidas, o setor financeiro aguarda a divulgação de índices importantes na semana. Nesta terça-feira, o Ministério da Fazenda anunciou os números fiscais do Tesouro Nacional em abril. O IPCA, índice que mede a inflação, e a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que traz dados sobre o desemprego, também foram anunciados.

Já nesta segunda-feira, foi divulgado o boletim Focus pelo Banco Central. A estimativa de inflação subiu pela terceira semana seguida, de 3,80% para 3,86% em 2024, ainda dentro da meta estipulada pelo governo de até 4,5%. As expectativas para a taxa de juros e o crescimento do PIB ficaram estáveis.

“É a incerteza em relação aos rumos fiscais, não só para curto prazo, mas pensando na viabilidade do arcabouço fiscal nos próximos 2 ou 3 anos. Toda essa agenda que temos pela semana, não só no âmbito econômico, mas também no âmbito do Congresso, serão importantes para esse balizamento de apostas e de percepções por parte dos mercados.”, aponta Silvio Campos Neto, sócio da Tendências.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!

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