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Cenário econômico sob a perspectiva ESG – Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca)

Alessandra Ribeiro, sócia e diretora de Macroeconomia e Análise Setorial da Tendências, participou do evento ESG Day, organizado pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

Cenário Internacional

Quando se trata do cenário Internacional, Alessandra o crescimento é mais contido. Existe uma maior percepção de risco e efeitos adversos das tarifas comerciais, o que deve resultar em crescimento econômico mais contido do PIB nos Estados Unidos, na China e na Zona do Euro.

Essa percepção de risco mantém espaço para a perda do valor do dólar, apesar de que, se observarmos os padrões históricos, a moeda norte-americana ainda está apreciada.

A pressão fiscal e o receito de maior influência na instituição monetária norte-americana fazem o mercado precificar mais os riscos e elevar os juros futuros.

A dívida pública também segue em crescimento, com destaque para os EUA e a China, com contraposição de dívida privada.

Cenário Doméstico

Pesquisas apontam um estancamento da melhora de avaliação do governo a partir do fator Trump. Além disso, a entrada do tema da segurança pública nos debates desfavorece o governo.

Quando se trata do cenário futuro e as eleições de 2026, o governo Lula tem desaprovação elevada, mas a direita ainda encara o desafio de não conseguir encontrar uma alternativa de oposição.

Sobre o crescimento econômico, é possível observar sinais de esfriamento da atividade, que corroboram com a perspectiva de desaceleração, captando impactos do maior aperto das condições financeiras e ambiente externo.

Medidas de estímulo ao consumo e à construção devem atenuar processo no próximo ano. Essas medidas devem adicionar entre 0,3 e 0,4 p.p. em 2026. Já o mercado de trabalho segue resiliente, com sinais moderados de perda de ritmo.

A inflação mostra melhoras, mas ainda há desafios para a convergência para a meta. Os juros ainda devem seguir elevados e o cenário contempla início de corte em janeiro, com ajuste moderado para 12,5% em 2025.

Quando se trata da Dívida Bruta, o aumento estrutural de despesas e o custo crescente da dívida tornam a dinâmica mais adversa para os próximos anos no cenário básico. A Dívida/PIB deve atingir 90% em 2029.

O comportamento do dólar e a taxa de juros direcionam a taxa de câmbio e a eleição deve trazer uma maior volatilidade ao longo de 2026.

Confira a participação completa da Alessandra no vídeo abaixo!