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Governo regulamenta até amanhã reciprocidade – BandNews

Em entrevista à BandNews, o economista da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, comenta sobre a regulamentação da reciprocidade pelo governo

Ao ser questionado sobre como fica essa iniciativa de resposta com base na lei da reciprocidade, Cortez diz que não é uma tarefa das mais fáceis fazer a conjugação entre respeitar os interesses soberanos do Brasil nas relações bilaterais — não só com os Estados Unidos, mas com toda a comunidade internacional.

Entretanto, ele reforça que é inegável que, eventualmente, o enfrentamento e a definição dessa soberania têm custos econômicos, pensando especificamente nesses conflitos atuais com os Estados Unidos do ponto de vista econômico.

“Então, não é fácil costurar uma política dessa natureza, que mantenha a defesa da soberania, mas que, de alguma maneira, tente negociar e abrir espaço para que cada interesse setorial também seja minimamente contemplado nessa política. O desafio número um é evitar uma corrida em termos de conflitos — uma corrida protecionista — ou que essa agenda comece a sair do plano comercial e entre em outras searas. E aí, certamente, o quadro econômico se torna ainda mais desafiador.”, explica Cortez.

Ele ainda aponta que o Brasil tem um tempo para fazer essa construção, seja nas relações diplomáticas com os Estados Unidos, mas sobretudo para costurar esse apoio interno. 

“Acho que o fundamental, do ponto de vista do governo Lula, é fazer com que suas políticas estejam minimamente alinhadas a esses interesses econômicos — e de toda a sociedade, obviamente — mas pensando nesses interesses mais ligados ao fluxo comercial com os Estados Unidos, para que se minimize o efeito econômico de uma agenda que, potencialmente, é muito desafiadora.”

Cortez finaliza dizendo que temos um tempo agora para ver o ritmo e até onde essas negociações vão nos levar, até que, em tese, as tarifas entrem em vigor. E aí será o momento do Brasil apresentar o que seria a política de reciprocidade e como vai se dar essa política desenhada pelo governo brasileiro.

Confira a entrevista completa abaixo!