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Saiba o que rolou na nossa live exclusiva sobre as eleições municipais no Brasil e como elas afetam a agenda econômica do governo Lula

As eleições municipais deste ano devem dar o primeiro sinal da correlação de forças entre esquerda e direita no âmbito nacional e podem influenciar a definição da presidência das casas legislativas, bem como as estratégias para as eleições presidenciais de 2026.

Os partidos políticos utilizam os resultados das urnas para medir seu poder de barganha nos diferentes jogos que afetam o ambiente de votação dos projetos legislativos. 

Para analisar e discutir como o resultado do pleito municipal pode afetar as votações no Congresso, principalmente no que se refere a medidas econômicas e sobretudo fiscais, a Tendências Consultoria realizou uma live no dia 26 de setembro, que contou com a participação de Alessandra Ribeiro, sócia e diretora de Macroeconomia e Análise Setorial da Tendências, e Rafael Cortez, sócio e responsável pela análise de risco político da Tendências.

A lição de casa da coalizão: resultado primário

Após uma deterioração observada em 2023, o déficit deve recuar de forma moderada em 2024, diante do aumento das receitas. Apesar das alterações recentes, o alcance das metas fiscais de forma estrutural nos próximos anos permanece desafiador.

Diagnóstico da governabilidade

A coalizão de governo deve seguir dividida ao longo de 2024. As eleições para a presidência das casas legislativas constituem o principal condicionante do ambiente legislativo.

A disputa por emendas parlamentares traduz o rebalanceamento entre os poderes e pode atrasar a agenda econômica no 2° semestre. O governo aposta na saída de Lira para ganhar uma maior autonomia. A agenda de tributação deve manter espaço limitado.

Capital político

As eleições municipais devem refletir o efeito limitado do capital político do presidente Lula. A popularidade presidencial não deve ser suficiente para gerar coesão da base aliada.

Lula deve desenhar uma reforma ministerial para a metade final do mandato. Também existe uma pressão por voluntarismo na agenda econômica, com viés de alta.

Eleição municipal em São Paulo

A eleição paulista exemplifica as saídas que a centro-direita terá que tomar para enfrentar o presidente Lula em 2026. Existem dúvidas se ela estará unida ou dividida e sobre que tipo de candidatura será apresentada.

Se por um lado temos Ricardo Nunes com uma coalizão que representa o “mundo ideal” da centro-direita para 2026, por outro temos Pablo Marçal, uma figura “anti política tradicional e alianças”. Segundo explicado por Cortez, a questão será se o bolsonarismo continuará “de braços dados” com a política tradicional ou fará “um voo solo”.

Reforma ministerial e governabilidade

Conforme mencionado, Lula deve realizar uma reforma ministerial com dois objetivos: (i) influenciar a sucessão das casas legislativas; e (ii) “dividir” a centro-direita, tendo em vista as eleições de 2026.

Desse modo, desenhamos três cenários:

  • Cenário A: Reforma ministerial gera base coesa (embora de menor magnitude);
  • Cenário B: Governo divide centro-direita, mas evita debandada;
  • Cenário C: A base segue dividida e o próximo presidente da Câmara perde poder de coordenação.

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