Real completa 30 anos em circulação no Brasil – SBT News
- Na Mídia
- 03/07/2024
- Tendências
Em reportagem especial do SBT News, o Diretor-Presidente da Tendências e ex-Presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, fala sobre como era o contexto econômico brasileiro após o Plano Real.
Há 30 anos, os brasileiros passaram a conviver com uma nova moeda que é o nosso Real. Era a última etapa de um plano econômico que acabou com uma inflação gigantesca e permitiu que milhares de pessoas tivessem uma vida um pouco melhor. Pense que, 12 meses antes do Plano Real, o Brasil registrou 12.500% de inflação.
A estabilização acabou funcionando como um pré-requisito para o programa de privatização e trouxe também muito investimento estrangeiro direto, que espontaneamente veio para cá.
Os jornais com mais de 30 anos nos relembram da quantidade de zeros que a inflação impunha aos preços de então. Em uma edição de 3 de fevereiro de 91, na página com as ofertas de uma loja de departamentos, tinha geladeira a 62.900 cruzeiros, toca-fita para carro a 72.900 cruzeiros. E parcelado em no máximo seis meses, porque financiamentos mais longos com parcelas iguais são uma conquista que veio só com o Real. 30 anos depois, parece que foi simples, né? Mas não foi.
Quando o Plano Real foi lançado em primeiro de julho de 1994, um real valia um dólar. Isso encarecia as exportações brasileiras e assustava a indústria nacional pela concorrência dos importados. A paridade dólar-real, acompanhada de altas taxas de juros para conter a demanda, dava muita munição contra o governo.
Loyola diz que os juros eram altos, com as taxas nominais acima de 20%,25% em alguns casos e com uma inflação em torno de 9%/10%.
Em 1998, quatro anos após o início do Plano Real, a taxa de desemprego subiu bem. Em janeiro do ano seguinte, o governo desvalorizou a economia.
Reprodução. Confira a reportagem completa no vídeo abaixo!