Em entrevista ao Jornal da Cultura, o sócio da Tendências Silvio Campos Neto fala sobre os reflexos do novo marco fiscal na chamada economia real.

Com a aprovação no novo arcabouço fiscal, o governo teve uma vitória importante na câmara. Entretanto, foi apenas uma batalha. A guerra ainda está longe de ser conquistada, por conta dos muitos desafios pela frente.

“(…) o arcabouço fiscal caminha pro equilíbrio, a nossa tarefa é estabelecer o ritmo desse equilíbrio. Portanto, nós temos uma etapa pela frente que é dar sequência ao arcabouço fiscal com a lei orçamentária e as medidas que acompanham a lei (…) para fazer valer o objetivo de acelerar o passo em relação a esse equilíbrio, que vai permitir que o Brasil possa acelerar sua taxa de crescimento, que anda muito baixa a mais ou menos 10 anos.”, disse o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no encontro do BRICS que ocorreu na África do Sul.

Foi uma conquista importante para o governo a aprovação do arcabouço fiscal no Congresso. Entretanto, como admitiu o próprio Haddad, o marco fiscal, sozinho, não resolve os problemas das contas públicas do Brasil e existem, ainda, muitas pedras pelo caminho.

“A gente viu queda do dólar, queda dos juros futuros, uma melhora de confiança. Então eu diria que os efeitos positivos do arcabouço fiscal já estão contratados, traduzidos nesse contexto de uma taxa de câmbio mais valorizada, uma percepção de juros menores, o que é bom para a economia.”, disse Silvio Campos Neto.

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