Rafael Cortez comenta sobre a colocação do Brasil no ranking de corrupção internacional no Brasil – TV BandNews
- Na Mídia
- 02/02/2024
- Tendências
Em estudo recente, foi divulgado que o Brasil perdeu 10 posições em ranking de corrupção. De acordo Rafael Cortez, cientista político e sócio da Tendências, esse estudo joga luz em um desafio quase inerente à política nacional: o combate à corrupção.
“A primeira lição do estudo é que, de alguma maneira, a polarização política atrapalha no processo de construção institucional, ou seja, de regras do jogo, de organizações que têm como objetivo atuar para minimizar a corrupção. De alguma maneira, essa polarização dificulta a construção desse marco regulatório por parte desses grupos políticos.”, aponta Cortez. “Em alguma medida, o combate à corrupção precisa de alguma pacificação do ponto de vista político para que isso não fique restrito a um personagem ou organização e se torne mais um objetivo amplo da estrutura do Estado.”
Cortez diz que outro ponto importante que o estudo mostrou é que precisamos reiteradamente manter o combate à corrupção no foco do debate político. “O jogo nunca é ganho, é sempre um processo de evolução.”
Quando questionado sobre a circulação de agentes públicos entre poderes, Cortez aponta a facilidade com que isso ocorre no Brasil, o que é um risco que pode trazer riscos de mudar a relação entre as organizações políticas.
“O senador é eleito com um suplente e, na maioria das vezes, o eleitorado não tem conhecimento de quem é essa figura. Isso naturalmente gera um déficit de legitimidade junto ao eleitor. Não é nada ilegal, mas é um problema de ordem de legitimdade, de construção de vínculos efetivos de representação, de tal sorte que esse também é um outro ponto que precisa entrar na agenda, mais voltada para a Reforma Política, com um mecanismo um ponco mais transparente, que permita que o eleitor tenha algum controle.”, aponta Cortez.
Confira a entrevista completa no vídeo abaixo!