Aquecimento da economia e mudanças estruturais contribuem para queda na taxa de desocupação e aumento do rendimento médio no Brasil

O mercado de trabalho brasileiro tem apresentado um desempenho favorável no início de 2024, com quedas sucessivas na taxa de desocupação e aumento do rendimento médio.

Segundo o economista Lucas Assis, da Tendências Consultoria, essa melhora é resultado de uma combinação de fatores conjunturais e estruturais.

De acordo com Assis, o aquecimento da atividade econômica tem sido um dos principais impulsionadores da geração de novas vagas e da alta do rendimento.

“O aquecimento da atividade econômica acaba impulsionando essa geração de novas vagas e a alta do rendimento”, explica o especialista.

Impacto da reforma trabalhista

Do ponto de vista estrutural, o economista destaca a importância da reforma trabalhista de 2017, que tem gerado efeitos positivos no mercado de trabalho atual.

“A aprovação da reforma trabalhista de 2017, por exemplo, gera efeitos defasados no mercado de trabalho hoje”, afirma Assis.

Embora existam poucos estudos empíricos que mensuram o impacto macroeconômico da reforma, devido à pandemia que ocorreu no período, o especialista ressalta que ela contribuiu para reduzir a insegurança jurídica nas contratações. Isso tem beneficiado especialmente a geração de vagas formais com carteira assinada.

Outros fatores estruturais

Além da reforma trabalhista, Assis aponta outros fatores estruturais que têm influenciado positivamente o mercado de trabalho brasileiro:

• Aumento da escolaridade da força de trabalho, que contribui para elevar a renda média;
• Novas tecnologias, que facilitam a intermediação e criação de vagas;
• Redução dos custos de demissão e do tempo de ações trabalhistas, fomentando o avanço do mercado de trabalho formal.

O economista conclui que o conjunto desses fatores conjunturais e estruturais tem sido fundamental para o desempenho positivo do mercado de trabalho brasileiro observado atualmente.

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