Uma pesquisa do IBGE traçou um panorama do teletrabalho no Brasil e, também, sobre a situação dos trabalhadores por aplicativos e revelou que esses profissionais trabalham mais e ganham menos.

Eles já somam 1,5 milhão de trabalhadores no Brasil, são forjados em meio ao trânsito, poluição e estresse dos centros urbanos. Fazem parte de uma nova geração, os chamados “plataformizados”, profissionais que atuam por mais horas que os demais e ganham muito menos, segundo o IBGE.

A pesquisa inédita mostra que os trabalhadores por aplicativo tiveram jornada média de 46 horas semanais, ou seja, 6 horas e meia a mais que os demais ocupados do setor privado, que trabalharam por 39 horas e meia a cada semana.

O levantamento do IBGE mostrou que o contingente de trabalhadores por aplicativo chega a 1,7% da população ocupada no setor privado. São homens, em sua maioria, entre 25 e 39 anos, com ensino médio completo ou superior incompleto.

Na outra ponta da pesquisa estão os teletrabalhadores, profissionais que atuam ao menos uma vez por semana em home office. Eles já são 7,7% do total da população ocupada no Brasil.

“Essa pesquisa de hoje reforça ainda mais essa disparidade nas condições de trabalho entre grupos de diferentes escolaridades, diferentes cores, diferentes atuações em setores, idade e reforça essa necessidade de retomar plenamente esse debate público”, aponta Lucas Assis, economista da Tendências.

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